O Retrato de Dorian Gray I Capa

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CONCEPÇÃO

Este é um projeto pessoal de estudos onde refiz a capa do clássico inglês “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde, publicado em 1890. A obra explora uma Londres conturbada e um protagonista envolto em angústias existenciais diante da finitude, valendo-se da própria imagem retratada em um quadro como a busca pela eternidade, onde revela sua negação com as leis que regem o tempo.

Palavras Chaves: Romance, Retrato, Imagem, Pintura, Reflexo.

PAINEIS SEMÂNTICOS

TIPOGRAFIA

Em busca de uma expressão historicamente contextualizada da obra, selecionei a fonte “Victorian Decade Demo” com serifa personalizada, onde busco justificar sua estética voltada para o auge da Era Vitoriana inglesa, momento em que a obra foi concebida. Para a tipografia do autor, a fonte "Rothary" serviu para conceituar uma idéia de assinatura humana, como um autográfo. No texto da capa do verso foi utilizada a fonte "Cambria".

CONCEITO

Entendendo a relação entre o auto- retrato e Dorian Gray como símbolo basilar do livro, considerei o contexto social da época e sua relação com o retrato pintado, momento importante para a fotografia antes do surgimento da máquina fotográfica, onde o artista intermédiava a reprodução do real através de seu olhar subjetivo e singular. Para trabalhar a forma central da capa apreciei a obra surrealista “The Double Secret" (Pintura a oléo, 1927)” de René Magritte:

Foi observada uma certa desconstrução do retrato realista, talvez, em busca de novos significados mais internos, trazendo com eles, a imagem como totalizadora da representação. Sendo assim, relacionei a angústia trazida pelo personagem Dorian a um retrato fragmentado pelo tempo, confrontado de seu desejo pela vida eterna com a chama da morte.