Educação não violenta

O que é e como usá-la?

A educação não violenta, consiste em reforços positivos, guiando a criança sempre de forma educada e gentil, ensinando a lidar com suas emoções conforme elas surgem na base do diálogo, respeito e firmeza. 

Nós adultos não podemos levar para o lado pessoal ou ofensivo as “birras” pois estaríamos nos igualando a maturidade de uma criança de 5 anos por exemplo. Não faz sentido. Porém podemos observar alguns adultos com reais implicâncias, medindo força com comportamentos infantis dos pequenos.

Na educação não violenta entendemos que nada que as crianças fazem é com intenção de afetar os adultos, são apenas comportamentos e padrões sendo construídos em consequência de um ser humano aprendendo as questões da vida em sua total falta de maturidade e experiência, tendo apenas como guia o preparo oferecido de seus pais, familiares e escola. É nosso dever entender isso e conduzir esse momento de aprendizagem. 

Qual a sociedade que estamos construindo? Devemos refletir porque é normalizado dentro de um ambiente familiar usar palmadas em crianças para educá-las a não bater? 
Pois bem, bater em mulher é violência, em animais crueldade e em criança seria educação?

Tratar estes com dignidade e respeito não é sobre uma criação fraca, mas uma criação que visa preparar a criança para ser um adulto que sabe lidar com as frustrações, dificuldades, rejeição e etc.

Por que não acalmar e acolher primeiro na hora do choro, ensinar a técnica de respiração e depois conduzir a criança entender o sentimento que ela está sentindo?
Precisamos aprender a curar nossa criança interior para então ser adultos maduros e estáveis o suficiente para ensinar a inteligência emocional para as crianças que estão começando a lidar com suas primeiras frustrações. 

A falta de amor e compreensão que tivemos reflete na forma que não temos paciência com os níveis de aprendizagem. O tratamento que não aceitamos receber de outro adulto não deveríamos oferecer a uma criança, ou a um idoso. As pessoas agem como se a única idade respeitável fosse a idade entre a infância e a velhice. Oque eu considero um grave erro, já que não nos tornamos humanos e dignos de amor e respeito somente aos 18 anos.

Parece muito complicado, mas não é. Na prática podemos adotar pequenas condutas que fazem toda diferença. 

Que tal trocar o: 
- “Vai arrumar seu quarto agora!” Por: 
“Quer começar guardando os vermelhos?”
- “Fala sem chorar!” por:
“Está tudo bem, assim que você se acalmar a gente conversa”
- “Você consegue sim você nem tentou direito” por:
“Vamos juntos, eu tenho certeza que você vai conseguir“
- “Não pode mexer e ponto final!” por:
“Esse aí não pode mexer mas olha esse daqui que legal”
- “Eu gritei com você porque você não se comporta bem“ por:
“Me desculpe por ter gritado, eu fiquei com raiva e não me acalmei”
Na educação podemos ser firmes porém gentis, entender que não é oque se fala, mas como se fala. 

Construímos adultos maduros, com caráter e inteligência emocional desde cedo, não é possível ter uma postura violenta com uma criança até seus 18 anos e depois mudar de postura ou cobrar um comportamento diferente ao que lhe foi ensinado após anos de criação com base em impaciência, falta de empatia, respeito e acolhimento.

Nossas crianças serão o futuro da nossa sociedade, que sociedade estamos construindo?
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