As imagens do código de barras assim como a arte cinética da década de 1960 e 1970 de Jesus Rafael Soto foram mote inspirador para a ideia de “rosto” que se desenvolve ao longo do muro.
 
Pretendeu-se com a nossa intervenção conseguir um efeito visual cinético e estabelecer um contraste entre os dois materiais “pobre” (muro existente) e “luxuoso” (latão) e interpretar a animação de rua com um outro registo além do graffiti. 
 
A ideia é recriar um rosto em perfil através da utilização de barras de latão que se vão moldando e que nos dão a ideia de rosto quando vistas lateralmente, mas quando vistas de frente dão-nos uma ideia de um código de barras. Este código impessoal e indicador do código “genético” dos produtos, funciona como o código de acesso a cada possível rosto figurado pelas barras de latão verticais. 
 
Os três rostos são recriados de perfil de uma maneira subtil e transitando de troço em troço ao longo do muro. O latão, como material nobre, foi utilizado para conseguir criar o contraste com a textura de aspecto algo “pobre” do muro preexistente. 

O muro em cimento com um aspecto desgastado pela patine do tempo foi uma parte importante a salvaguardar. Para isto a sua não a adulteração, faz com que a intervenção se sobreponha, evidenciando-se. Pretendeu-se com este gesto conseguir uma preservação da memória do muro existente.
 
“a verdade é a correspondência entre coisas diferentes”
São Tomás de Aquino.
 
 
Fotomontagem da visão final da proposta a executar.
Alçado da proposta com vista das diferentes faces desenvolvidas.
Alçado e planta da proposta.
Rosto Dourado
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