Marginália
E lá vamos nós,
e de novo.
Apanhar das gritantes sutilezas, levar uma surra de nossas marginais e disfarçadas belezas.
Marginália é uma coleção de transgressão: uma violência estética na alfaiataria.
Tecidos desconstruídos, geometrias agressivas com as cores escondidas da tropicália.
O dilema de chocar e não dizer nada, onde a própria forma é a mensagem. Tecidos concisos e pesados, trazem o charme dos marginais e deslocados para os luxuosos. Os azuis volúveis; o verdes frescos; os laranjas naturais contrastam com os cinzas e pretos austeros, numa mistura que evoca a cultura dos tupiniquins digitais.
Retornamos novamente ao passado que se faz presente, criando do antigo contraditório, uma nova regra de estética: marginalidade nos detalhes, acidez dos recortes, mimetismo estético e rebeldia funcional das peças
Olhamos para a história:
Persistir no ontem e viver de agora,
é o vício clandestino do ciclo de outrora.